28 setembro 2015

A dor, a força e o amor


De tudo que a dor me ensinou a maior lição foi sobre a minha força... Apesar de todas as noites que passei acordada esvaziando a alma em forma de lágrimas nunca deixei de levantar da cama no outro dia e viver.
Para alguém como eu, o vazio permanece sempre constante dentro da alma. Nada pode doer mais do que sentir falta do que nunca existiu, ou então puxar momentos na memória e notar e poucos bons momentos estão perdidos em emaranhados de noites horríveis e pedaços de coração.
Porém, como todos sempre esperam esse não é um texto pra falar como um cara quebrou meu coração e o quanto o amor é horrível. Nunca sofri de amores platônicos, acredito que pelo fato de que já era feita de pedra muito tempo antes de entender o que era se envolver com alguém.
As minhas desilusões sempre se trataram da própria vida... as vezes eu mesma me pergunto será que foi tão horrível assim? Afinal tanta gente passa por coisa muito pior (é isso que todo mundo me diz para tentar me consolar). Porém, drama nenhum causa o estrago que está aqui dentro, só a dor mais verdadeira tem capacidade de desmoronar um pessoas da forma que eu estou. As pessoas que mais me magoaram não foram as que eu conheci em algum momento qualquer e que de alguma forma me atraíram, tanto para amizades quanto para curtos romances, minha coleção de magoas vem das pessoas que conheci desde que tenho memória e nas que se ofereceram para cuidar de mim.
Sinceramente uma das coisas que aprendi foi que as piores dores vem de quem a gente mais confia, esse é o problema de confiar, sempre há uma dor enorme quando somos magoados por pessoas de quem esperamos tudo. Eu aprendi isso muito nova, talvez com uns nove ou dez anos, quando eu entendi mais sobre a vida. E então eu passei a adolescência sabendo que pessoas te magoam e aprendi a não entregar meu coração. O lado bom? Não sei o que é sofrer por amores não correspondidos.
Não poderia contar aqui minha história de vida, mas para quem a conhece... bom... talvez para você não parece o fim do mundo, mas quem esteve a um pé desse abismo foi eu. Não se julga comida nem dor sem ter provado dos mesmos.
Poderia odiar o amor, poderia odiar a vida, poeria nunca ter perdoado... mas quem seria eu agora? Tudo isso só me acrescentou, me amadureceu e abriu meus olhos para a realidade. O amor não nos machuca, o que nos machuca é quem amamos, por isso entregar o coração para alguém é arriscado e nos deixa arrisco e medrosos para deixar entrar alguém em nossas vidas, mas a maior demonstração de força que dei a mim mesma foi me permitir amar novamente.
E então eu amei... amei quem me fez sofrer, pois aprendi a perdoar... e principalmente me permiti amar outras pessoas, pois aprendi a escolher em quem confiar...
Então entendi que o amor não me fez sofrer, ele me fez viver e permanecer aqui mesmo que ainda seja difícil.

(Esse texto pode ser confuso, mas não é para ser entendido, é só para ser um desabafo, de mim para mim e para quem quiser ouvir)

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